Agradecemos sua visita e informamos que estamos inativos por tempo indeterminado.

Acesse nossos arquivos no menu ou nos links laterais.

















terça-feira, 29 de junho de 2010

Seleção de Mediadores CCBB

Data : 05 de julho

Local da entrevista: Palavra Chave - SCLN 107, Bloco C, sala 209

Horário: a partir das 13:30

Importante: Levar RG, CPF e no número de inscrição no INSS

domingo, 27 de junho de 2010

All - dia 01/07


Abertura: 01.07.2010 às 19h
Visitação: 02.07 a 01.08.2010. Diariamente, das 9h às 21h
Local: Galeria Fayga Ostrower (Funarte), Brasília - DF
informações: (61) 33222076 / 33222029  visuaisbsb@funarte.gov.br

sexta-feira, 25 de junho de 2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Des-pedaços e remendos de um olhar perdido...

Des-pedaços. Laurem Crossetti. 2010

“Olho para você como se olha para o impossível”.

Roland Barthes

Que sacrilégio incomparável rasgar-se uma fotografia! Que crime hediondo (sempre passional) matar uma imagem e privar nossos desafetos, ou nosso próprio passado, da capacidade de a-sombrar-nos como seus olhares turvos e granulares... Quantas vezes essa despossessão foi orquestrada ao longo da história da fotografia? Há uma certa crueldade na impunidade deste ato... nada, no entanto, nos redime.

A fotografia digital (a celebrada imagem numérica) perdeu essas sutilezas: apagar (deletar) uma imagem e confirmar essa decisão de modo quase intuitivo por meio de uma interface (em um mero aperto de botão já basta) banaliza o ato. A fotografia é hoje essencialmente descartável, seu próprio dispositivo prevê que ela seja constantemente eliminada da memória.

Para a psicanalísta Tania Rivera, a fotografia opera um trauma na visão moderna ao re-velar-nos esse “inconsicente óptico”, como alude Walter Benjamin. A fotografia inaugura na experiência subjetiva da burguesia urbana o direito de ser registrado; o direito de ser visto e lembrado, de encenar, performar, sua própria existência e, de certa forma, realizar-se na imagem de seus próprios fantasmas. Esses vestígios, produzidos de bom grado, alicerçam nossas próprias mitologias de origem. A fotografia prestra-se a sua vocação; é absolutamente pretérita.

Estas são fotografias que se lamentam; convertem-se no registro de um desastroso infortúnio e de uma constatação: “Nunca mais me olhou daquela maneira[1]. Essa espécie de nostalgia melancólica confunde-se com a demanda por um olhar (por um modo particular de olhar - “daquele jeito[2]-, como a intensidade de um olhar perdido). Lançamo-nos, então, na busca por esse olhar que, supõe-se, encantador (se por nenhuma outra razão, simplesmente porque o olhar fotográfico é o olhar da sedução).

Mas esse olhar esta desrealizado, como a própria face da outrora jovem noiva. Não o encontramos, aonde quer que o procuremos; ele não comparece. A operação de reconstituí-lo falha. A memória se dá em precariedades, em perdas, em ruínas... A reconstituição é aqui o exercício de uma certa insensatez, uma estratégia rudimentar... há algo de extremamente patético e, portanto, profundamente humano, nesse fracasso. A vida vacila, a memória falha e o olhar esvazia-se... captura-me o “nunca”.

Matias Monteiro


[1] E aqui também o texto nos é dado como fragmento, reconstituído/orquestrado.

[2] Não é esta, afinal, a demanda do fetishista; um glance, o vislumbre, um determinado modo de olhar que o sujeito lança e, mediante o qual, o objeto de seu desejo o captura e o facina?






segunda-feira, 21 de junho de 2010

Arte e Vanguarda na Internet - CCBB.


Ciclo de debates Arte e Vanguarda na Internet.
"Como se dá o processo de criação literária na web? Como administrar as interferências dos internautas? Para responder estas questões Arte e Vanguarda na Internet reúne os autores Daniel Galera e João Paulo Cuenca, precursores no Brasil da literatura via Internet."

Amanha, 22 de junho, as 19:30. Entrada franca.

Viscosidade - 23/06

PERFORMANCE COLETIVA

QUARTA DIA 23/06 AS 12H

DFINHO, PROXIMO AO C.A. DE AGRONOMIA - UnB.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Inhotim!




Aula magna - curso de bacharelado em Museologia- UnB


Prorrogação de inscrição para oficina

Prezados,

Informamos que o prazo para o envio das cartas de intenções para a oficina “Gravura em Metal” com Lêda Watson foi prorrogado até

quarta-feira 23 de Junho 2010.

Os interessando em participar da oficina poderão enviar a carta de intenções para o e-mail: gentearteira.df@caixa.gov.br.

Atenciosamente,

CAIXA Cultural Brasília

Vaga para estágio - Espaço Piloto (UnB)

A Galeria Espaço Piloto abre vaga para estágio.
Requisitos:
-Estar devidamente matriculado em um dos cursos de: Artes Plásticas / Desenho Industrial / Arquitetura;
-Ter cursado, no mínimo, o 6º semestre;
-Ter disponibilidade de horário no turno matutino;
-Ter experiência com o Adobe Corel Draw;

Carga horária 30h semanais.
Bolsa de R$ 700,00

Entregar, na galeria Espaço Piloto, segunda-feira, 21/06 no turno vespertino:
-currículo impresso
-comprovante de matrícula e
-grade horária

 Equipe Espaço Piloto - UnB
espacopiloto@unb.br
(61) 3307-3726

sábado, 12 de junho de 2010

Criptografias / Vida Acolchoada / Terrenos - 16/06


Nesta quarta-feira, dia 16/06 às 19h abrem três exposições nas galerias do Espaço Piloto:
Criptografias - Luciana Paiva
Vida Acolchoada - Aline Ogliari
Terrenos - Luiza Mader Paladino

esperamos vocês!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

1277 minutos de ARTE EFEMERA - 11 e 12/06




Arte Efêmera: 11 e 12/06 na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.
Apareçam!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Diversidade e afinidades: universo x reverso - 09/06


O Espaço Cultural Contemporâneo – ECCO e a Fundação Athos Bulcão convidam para coquetel de inauguração da exposição “DIVERSIDADE E AFINIDADES: UNIVERSO x REVERSO”, nesta quarta-feira, dia 09 de junho, às 20h00 no Espaço ECCO em Brasília.


A mostra tem curadoria de Grace de Freitas e Karla Osorio Netto, reunindo obras de 43 artistas brasileiros e estrangeiros, todas integrantes do acervo do Espaço que, pela primeira vez, são mostradas ao público conjuntamente.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Oportunidade

Vaga de Estágio

Programação Visual

O Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (TCU) está selecionando estudantes de Desenho Industrial, Artes Visuais ou Artes Plásticas para (fazer) estágio, desenvolvendo trabalhos de programação visual de exposições e eventos de arte e cultura.

Carga horária: 20 horas semanais, horário a combinar

Benefícios: Bolsa de R$ 700 + auxílio transporte

Requisitos: Ter ao menos 50 % do curso concluídos no mês de julho

O candidato deverá ter identificação com o tema arte e cultura, inclinação para trabalhar em equipe, dinamismo e capacidade de desenvolvimento dentro da área de interesse (busca constante de autoaprimoramento). É necessária a habilidade e/ou experiência em diagramação e design nos programas Corel Draw, Photoshop, Indesign, Illustrator e Flash.

Atividades a serem desenvolvidas:

Produção de (materiais visuais) peças de arte gráfica relacionadas às exposições e eventos, tais como convites, materiais educativos, catálogos, pôsteres, banners virtuais e outros.

Os interessados deverão enviar curriculum com portfólio para espacomarcantoniovilaca@gmail.com até o dia 18 de junho. Mensagens recebidas depois do prazo serão desconsideradas.

Informações pelos telefones: 3316-5036/ 3316-5074. Falar com Estela Lima.

Oficina - Metamorfoses da Visibilidade - NOVO PRAZO PARA INSCRIÇÕES

Prezados,

Informamos o novo prazo para envio das cartas de intenção:

Até quarta-feira, 09 de junho de 2010.

Enviar para o e-mail: gentearteira.df@caixa.gov.br

CAIXA Cultural Brasília

Projeto Gente Arteira

Mais informações: (61) 3206 9892

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PetitiON!

Nos dias 25, 26 e 27 de maio participei de um curso oferecido pela Secretaria de Cultura do DF: Capacitação em Museologia, Museu Memória e Cidadania. O curso "em si" mereceria um relato bem distinto, que farei em outro momento.
O que me chamou mais atenção durante a acalorada fala (terapia de grupo ou choradeira em boa parte do tempo) dos participantes foi uma senhora realmente engajada em fazer a diferença com os poucos recursos que tinha. Aliás, ela não gosta de ser chamada de senhora... Elza Caetana, moradora de Brazlândia nos trouxe um problema bem comum em território brasileiro: a desapropriação de um espaço cultural público sem maiores justificativas à população que utiliza tal espaço. No caso se trata do Museu Histórico e Artístico de Brazlândia, anteriormente situado em local turístico, na orla do Lago Veredinha ou Espelho D'Água.


Então durante o curso ela solicitou nossa colaboração em um abaixo assinado para a devolução do prédio em questão ao Museu H. e A. de Brazlândia, e depois se fosse possível que também houvesse sua publicação e rotatividade na internet. Comovida pela situação e querendo fazer também a diferença inspirada por ela, me ofereci para ajudar e criei uma petição on-line que está no ar desde a semana passada. O link da petição é:

http://www.ipetitions.com/petition/museumemoriaecidadania/

Divulguem! =)

Sobre Peles: Taigo Meireles - 10/06

domingo, 6 de junho de 2010

Bate papo com Cristiano Mascaro - 11/06


"Fotografia e a Cidade"

A galeria A Casa da Luz Vermelha convida para uma conversa com o fotógrafo Cristiano Mascaro, atualmente em exposição na mostra Brasília: 50 anos de fotografia. A palestra será sobre a fotografia e a cidade, tema que perpassa toda a trajetória do fotógrafo.

Vagas limitadas. Confirmar presença em www.acasadaluzvermelha.com/batepapo

Sexta, 11 de junho, 19h.

A Casa da Luz Vermelha
www.acasadaluzvermelha.com
contato@acasadaluzvermelha.com
SCES Trecho 02 Conjunto 31 - ASBAC
+55 61 3878 9100

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Apagando as velinhas: Brasília que me aguarda

Xico Chaves. Olhos na Justiça. 1992. foto por Arnaldo Lobato.
É no mínimo curioso que as comemorações dos cinqüenta anos de Brasília tenham se dado em conjunto com uma crise política sem precedentes em sua breve história. De fato, a conturbação nas arenas do poder público ameaçou minguar a festa: Brasília se veria obrigada a alegar sua inocência, se dizer sem culpa (ou, em outras palavras, se des-culpar), e contentar-se com uma comemoração um tanto acanhada. Mas não foi o que presenciamos.
Brasília chega aos cinqüenta anos sentindo falta de si mesma. Tantas vezes nos parece que os espaços amplos de Brasília são um convite para as nostalgias. A saudade parece redimir nossa própria ignorância (Perdoem o clichê, mas o bom brasiliense insiste “nessa saudade (...) de tudo que eu ainda não vi”).
As comemorações, mais do que meramente oficiosas e formais, surpreendem-nos com uma afetividade assombrosa, da qual encontramos ecos nas comemorações da Funarte, nas mostras do CCBB, CAIXA Cultural, e tantas outras. Muito se repete nas cartilhas o ímpeto de mostrar ao mundo (e a si mesmo) um Brasil moderno, integrado e desenvolvido, arrojado e audaz, alicerçado em novos preceitos arquitetônicos e urbanísticos e movido ao carisma progressista de Juscelino, enquanto, marginalmente, tecido pela maciça força de trabalho candanga. Pouco se ouve, no entanto, do grupo Cabeças, do Ex-Cultura, dos salões do MAB, da proposta do Cresça, das publicações da Arte Futura e CIA, das oficinas da 508, da Bric-a-Braque, da geração do mimeógrafo ou da poesia marginal, do açougue cultural T-Bone, do Boi do seu Teodoro, de Dulcina de Morais, do projeto de Anísio Teixeira, do Clube do Choro e do Detrito Federal. Felizmente os nomes são tantos; infelizmente o des-conhecimento é imenso.
A produção artística em Brasília parece caminhar entre certo inconformismo frente à formatação e ordenação social, espacial e política da cidade, uma solidão tenaz frente ao espetáculo de seu céu liberto e um furor quase pueril frente a uma cidade por se construir. Todo artista em Brasília é de certo modo um pioneiro, e, em alguns casos, porque não, um candango.
Brasília epopéica e espetacular tem seu lugar cativo nas escolas, academias e livros. Brasília, produtora de cultura e reflexão, espaço de experiências afetivas, essa é preterida pela mídia e desconhecida sumariamente pelo repertório didático.
Nesse sentido, vale destacar exposições como Brasília, síntese das artes (CCBB) e Arquivo Brasília: cidade imaginário (Espaço Cultural Marcantônio Vilaça), como mapeamentos e construções de memórias afetivas que se enlaçam a partir da produção cultural local.
No caso da primeira, talvez o grande mérito da exposição, habilmente orquestrada por Denise Mattar, seja evitar os clichês e obviedades acerca de Brasília. Enquanto resgata diversos elementos de sua história e itinerário estético, traz, a partir de um grupo de artistas atuantes na capital, a construção de um repertório local, mediante a uma peculiar relação com a paisagem e uma espécie de topologia irônica. Brasília como síntese, como ponto de junção, de encontro e confluência; sintética como diríamos de algo produzido pelo engenho humano e não por um capricho naturante.
No entanto, devemos destacar o espaço destinado ao curso de Artes da Universidade de Brasília e sua relevância no panorama artístico da cidade. A passagem do ICA ao IdA é particularmente tocante para aqueles que, como eu, certamente reconhecem ali sua própria genealogia. Percebe-se uma vocação para a experimentação, nesse cenário inusitado, não apenas pela promoção de encontros de proposta e tendências diversas (por vezes divergentes), mas pelo privilégio de habitar um espaço em construção, sem tradições que não certa intenção moderna. Nesse sentido, concluir o percurso com as passagens de João Angelini, como esse deslocamento ininterrupto e lúdico, é de certa forma não concluir; somos Angelus-Novus... Aguardamos impertinentes os escombros que virão...
De modo análogo, a exposição Arquivo Imaginário, começa mostrando ao que veio: no centro temos a imagem hoje emblemática do cruzamento dos dois eixos; realização do traço apropriador imaginado por Lucio Costa e futura zona de convergência da cidade. A fotografia, realizada por um pouco reconhecido Mário Fontenelle (vide as velinhas de Luciana Ribeiro) provavelmente constitui não apenas um dos primeiros e mais emblemáticos registros históricos da nova capital, mas, no contexto da exposição, é certamente um dos primeiros olhares estéticos tendo Brasília como tema. Fontenelle, que, muito provavelmente, naquele momento tinha proximidade maior ou igual com a aviação do que com o próprio ofício de fotógrafo, soube tirar proveito de seu conhecimento e oportunamente direcionar o piloto a posicionar a aeronave de modo a produzir a antológica imagem. Pois, vejam só, Brasília, como essa imagem, antes de ser uma civitas planejada e ordenada é uma cidade “oportunista”. Foi à oportunidade anedótica que fez dela uma meta do governo JK; por outra, Lucio Costa enviou seu projeto, e incontáveis outros fizeram de Brasília o que ela é hoje; cada candango conta-nos uma história de oportunidades, por vezes casuais, que aqui o trouxeram. De fato, não há forma melhor de começar nosso arquivo imaginário e imagético da cidade do que prestando mérito para aquele que será, sem dúvida, o primeiro artista da cidade.
A partir daí, a história das artes de Brasília acelera-se em passos largos. Grupo Cabeças, Vladimir Carvalho, Nicolas Behr, Ex-cultura, Ralf Gehre Ghere, Bené Fontelles; todos confluem em uma imagem (obviamente, como a de Fontenelle, ampla, panorâmica, abrangente, embora claramente meticulosa em seu enquadramento). São a história de Brasília, marcada por uma postura política e um humor cítrico: seco como a própria capital, astuto e mordaz como se esperaria de uma cidade fundada sobre a promessa de uma nova organização social. Somos apresentados a história estética e poética de Brasília.
Conforme vamos circulando, encontramos nossos conhecidos. Em algum momento do percurso, todo aquele que tem uma aproximação com as artes visuais em Brasília encontrará seus pares, e aí a exposição parece ganhar uma nova profundidade aos nossos olhos; porque a nossa história e a história da cidade parecem entrercruzar-se. Vejo as performances de Polyanna Morgana e sou remetido ao impacto que aquela produção teve em mim como estudante; vejo as evidências estranhamente longínquas do grupo Amostra Grátis e sou remetido às aqueles frascos doutros tempos; vejo o grupo Entorno e lembro-me das pessoas que conheci e das conversas fantásticas que advieram de ações do grupo; Marta Penner me remete a meus primeiros momentos como mediador, Gê Orthof a seu universo em suspensão, tão leve e ao mesmo tempo tão denso; “Deus não existe, Jesus não voltará”, assim, um tanto incompleta sem a mancha que buscava suprimi-la. Os tempos confabulam. Chego a Catedral Rosa e converto-me em testemunha ocular de meu tempo. Converto-me em mais uma memória, zanzando entre os corredores, fragmentada pelos cobogós. Aqui, não um fim, mas um convite, como aquele que pareceu outrora irrecusável para Lucio Costa, para Fontenelle, Nicolas Behr, Polyanna Morgana, Rodrigo Paglieri e todos os outros: se apropriar de Brasília.
Eis a Brasília que nos aguarda.