Agradecemos sua visita e informamos que estamos inativos por tempo indeterminado.

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sábado, 30 de maio de 2009

O Projeto Lambe-Lambe - 2 de Junho




No dia 2 de junho, no Cabíria Cine Café, haverá projeções de fotos do Coletivo Punctum, Silvio Zamboni, Guy Veloso.
+ Música por Indiecent Music
Estará a venda o livro-álbum inédito de Silvio Zamboni, Reflexo Transparência, com curadoria de Wagner Barja.

Cabíria Cine-café: 413 Norte- Brasília DF
Dia 2 de junho a partir das 19h30
Entrada Gratuita

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mar(ia-sem-ver)gonha - Lançamento Corpos Informáticos


6o Encontro da Rede de Educadores de Museus e Instituições Culturais -REMICDF

Prezados,

O sexto encontro da REMIC DF será realizado no dia 01 de junho de 2009, às 9h00, no IHGDF, localizado no SEP/Sul Eq. 703/903 - Conjunto C. .

Para mais informações sobre a Rede de Educadores em Museus visite: http://www.rem.org.br/apresentacao.html

Sala de Espera - Performance, CORREÇÃO 29/05, sexta-feira

Sala de Espera
Performance de Alessandra Valle
UnB, ICC 9
29/05
10hs

domingo, 17 de maio de 2009

Residências artísticas


Bolsa Iberê Camargo 2009 - A edição deste ano contemplará dois artistas com residências no exterior: uma no Blanton Museum of Art / The University of Texas at Austin, nos Estados Unidos, e outra no RIAA - Residencia Internacional de Artistas en Argentina. Além disso, serão selecionados outros dez artistas que receberão destaque na Revista Digital do site da Fundação Iberê Camargo e um artista que participará do Programa Artista Convidado do Ateliê de Gravura, em Porto Alegre. Inscrições até 10 de julho: http://www.iberecamargo.org.br/

Centro Cultural Cachao, Caracas - Venezuela
Residência de 7 de setembro a 7 de outubro. Inscrições até 5 de junho:
http://www.lugaradudas.org/images/convocatoria_red_paz.pdf

Programa de Residência / Proyecto Batiscafo - Cuba
Convocatoria 2009-2010 para artistas latinoamericanos residentes na América Latina. Inscrições até 15 de junho. Mais informações:
http://www.batiscafo.org/


domingo, 10 de maio de 2009

Entrevista - Paulo Faria

Pessoas,
Iniciamos um novo projeto no blog: essa é a primeira de uma série de entrevista que desejamos postar com certa regularidade.
Já em nossa estréia tivemos que editar a entrevista (que continua relativamente extensa) para o blog, mas disponibilizamos uma versão mais completa em PDF, no link abaixo, para os interessados.
http://www.4shared.com/file/104599271/2cc65e37/Microsoft_Word_-_entrevista20paulo20versC3A3o20editada_I1.html
Apresentamos a seguir alguns trechos da entrevista realizada pelo Dando Nome aos Bois com Paulo Faria em maio de 2009 a respeito de sua produção poética e de suas questões de interesse.

Equipe DNB.


Sobre o ofício de guardar para não mais ter

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la (...)
Antônio Cícero


A produção recente de Paulo Faria apresenta-se como um exercício constante de resgatar memórias e reconfigurá-las em invólucros construídos especialmente para elas – livros, caixas, relicários... Esta prática delicada de captura de momentos tênues, por vezes apenas lapsos imagéticos pescados em uma tarde, surge como um movimento inverso ao ciclo da cigarra, um dos motivadores centrais de sua pesquisa poética.
Porém, se o ciclo da cigarra direciona-se para fora, submergindo da terra e de sua própria carapaça, a produção de Paulo propõe-se enquanto movimento de introspecção, remontando suas lembranças de forma sutil e jogando com a nebulosidade e a imprecisão características dessa reconstrução.
Certamente, este exercício incerto de envolver algo fugidio como uma memória de chuva anuncia, de antemão, certo fracasso, já que tentar apreender e guardar uma parte revela a impossibilidade de reter o todo. Porém, quando o colecionador de memórias em questão sabe que só pode possuir versões, construções ficcionais carregadas de fantasias, expectativas e sensações sobre elas, o fracasso subvertesse em exercício de desapego. Neste sentido, Paulo Faria nos mostra que ver é necessariamente acreditar nessa produção ficcional de imagens formada por uma junção do que sou e do que o mundo me apresenta. Por sua vez, a produção poética constitui-se como esta versão particular que, ao ser lançada ao mundo, será novamente reconfigurada por outros olhares e suas cicatrizes ¹.

¹ “(...) pois todo olhar sobre a obra é um olhar com cicatrizes”. (PANITZ, 2001. P.41).
Luciana Paiva

Nome: Paulo Faria
Idade: 27 anos – Anápolis, Goiás
Em Brasília, devemos ficar atentos a obra de: Ralph Ghere.


DNB- Sua produção começou inicialmente com o desenho, você ficou à frente de um grupo de estudo sobre o assunto por anos e trabalhou muito tempo com ilustração. Você se considera ainda hoje um desenhista?
Paulo- Eu me considero um desenhista. Acho que é o jeito que eu sei lidar com as imagens; meu jeito de operar e construir imagem é bem ligado com a forma com a qual eu penso o desenho. Então, mesmo quando eu não faço o que tradicionalmente seria considerado desenho, ele ainda está presente. No último ano talvez eu tenha conseguido pensar coisas fora do desenho... mas, como eu não concretizei nenhuma... (risos)



(In)versões da Paisagem , 2008.


DNB- Como você definiria o desenho hoje?
Paulo- O desenho, para mim, constitui um jeito de construir a imagens; talvez ele até possa ser definido pelo resultado final, mas eu penso o desenho muito mais como processual; minha forma de perceber o desenho está relacionada a um processo e como ele tem uma relação imediata com meu pensamento. (...) Eu construí a minha percepção á partir do desenho. Então, trabalhos como, por exemplo, em que eu scaneava o corpo (...) eu defendi que aquilo era desenho porque tinha a ver com uma relação tonal. Depois que eu tenho a figura scnaeada, quando estou trabalhando com os contrastes, eu estou tomando decisões que eu tomo quando estou desenhando: se eu quero mais preto, se eu quero menos preto, se eu quero mais tons, se eu quero menos, se aquela imagem é mais ou menos gráfica (...). Mesmo em Memórias de Chuva, quando eu cubro a imagem, aquilo tem a ver com o esfumatto muito mais do que com o pontilhismo. É como quando eu faço um desenho em um suporte poroso com um carvão, quando eu estou usando um material que é difuso. (...) Tem aquele texto, o Linear e o Pictórico [Heinrich Wölfflin], em que o linear é associado ao desenho, e o pictórico a pintura... não tem nada a ver, porque tem muitos desenhos que tem uma espessura, uma ambiência, e você consegue isso com determinados processos e materiais tradicionais. Quando eu falo que [o desenho] tem muito mais a ver com o processo, é nesse sentido: muito mais com o modo de operar a imagem do que o resultado. Quando eu falo que eu sou desenhista, é porque meu olhar foi construído, porque é para isso que eu olho, para isso que eu mais olhei até hoje. Tem a ver com a linha, as qualidades da linhas, mas ,eu, por exemplo, chamo a aquarela de desenho (...) não se fala: “seria pintura?seria desenho? “. Acho que isso nem é uma questão... para mim, eu chamo de desenho, porquê... (pausa)

DNB – Porque vai morar no papel?
Paulo- Tem essa coisa desse lugar cativo do desenho... e porque tem essa questão da transparência. Eu chamo o nanquim aguado de desenho; então, como eu estou trabalhando com camadas e transparências, eu chamo isso de desenho também.


Memórias de Chuva, 2008 (detalhe)

DNB- Como a temática da memória surgiu em seu trabalho?
Paulo- Na realidade ela surgiu como uma demanda. Me pediram para fazer um trabalho para uma exposição chamada Afetos Roubados no Tempo, e eu fiz as caixas. Essa coisa da arte por demanda é a síndrome do ilustrador: você vai lá, te encomendam um trabalho... você desenha e pronto... Artista que não está produzindo só trabalha por demanda. Não que o ilustrador só desenhe assim, mas é porque tem a coisa do contrato, a pessoa te pede um trabalho...
DNB- mas essa demanda pode ser uma provocação...
Paulo- Pode ser uma provocação... claro. (...) Seria mais legal se fosse, mas no meu caso não foi não, foi uma demanda mesmo. Não havia uma produção, não havia um enfrentamento (...). Essa coisa de ser artista tinha mais a ver com o curso que eu estava fazendo do que um procedimento. Não havia isso de estar sempre pensando o próprio trabalho, de estar envolvido. Aí, me chamaram para participar dessa super coletiva, e eu fui provocado por essa idéia. E na época eu estava impedido de andar... estava machucado. Essas duas coisas vieram juntas, por que a questão não é só trabalhar sobre demanda, mas, mesmo sob demanda, que tipo de envolvimento eu vou ter com esse trabalho. Eu tive muito tempo ocioso, recluso, para pensar, pesquisar... mesmo que fosse tudo muito rápido (e essas coisas geralmente são muito rápidas), digamos que eu tivesse quinze dias, mas eram quinze dias inteiros! Não tinha outra coisa para fazer, não tinha que dar 40 horas de aula, e acho que isso me envolveu, e eu comecei a mergulhar. Talvez, o que eu disse sobre a ilustração e a demanda tenha a ver com isso; quando somos provocados, depois de termos respondido a provocação, há uma chance que aquilo persista, ao menos como um assunto. Na ilustração não tem muito disso... você terminou um trabalho, você está pronto para o próximo. Acabou, concluído. E dessa vez não, eu terminei, entreguei... mas estava no meio de um processo, sem saber se eu faria o mestrado ou não,(...) e como isso já tinha me tocado, resolvi fazer o mestrado sobre isso.
A memória surgiu então á partir dessa questão do tempo, do acesso... isso fica guardado aonde? Reli o texto do [Gaston] Bachelard “gavetas, cofres e armários”, por que eu fiz uma caixa e havia uma relação da caixa como o lugar do segredo . Tudo isso pode parecer uma série de sincronicidades, mas não é. É um aprofundamento. Essas coisas começaram a vir e eu a pesquisar, comecei a querer falar sobre o tempo. Logo descobri que o que me interessava no tempo era principalmente o aspecto da memória, e isso impregnou todo o trabalho. Mais do que a memória... Meu trabalho, mais do que um elogio a memória, é um elogio ao esquecimento. Tem mais a ver com a inapreensão do que com aquilo que eu retenho.



suítes pra memórias de chuva, grafite e aquarela sobre papel fabriano, 2006.

DNB- As cigarras constituem um elemento recorrente em suas obras, por vezes como uma imagem-sonora que faz parte de um repertório afetivo, por vezes como uma espécie de metáfora de transição e passagem do tempo. Como se deu esse interesse?
Paulo- As cigarras surgiram quando eu fiz um trabalho na disciplina de Materiais em arte, no meu segundo semestre de graduação com o Carlos Ferreira, professor na ocasião. (...) Depois, isso voltou.
Nessa história de ficar sentado na cama, recluso, no começo da primavera, em setembro, (...) As cigarras estavam cantando muito. Era como uma paisagem sonora que invade o apartamento, que invade o quarto, eu não tinha muita opção (seria muita anestesia não me tocar por isso); Eu estava lá: a mercê disso, exposto, uma exposição contra a minha vontade... isso me afetou e eu me lembrei de umas coisas da infâncias (e eu não sei mais o quanto isso é inventado e o quanto isso é factual, [...] mas, para mim, o que é inventado também é factual [...]). Lembrei de uma situação em que eu vi a chuva chegar... e eu lembro que teve um momento sonoro muito forte, e que eu tive a sensação de que as árvores estavam emitindo esse som (eu era muito novo, eu não identificava que essa relação sonora era de um inseto... eu não sabia... devia ter um cinco, seis anos, sei lá; apesar de muitos meninos de 5 ou 6 anos saberem disso, eu não sabia não [risos]). Isso ocorreu em Pires do Rio, e (Brasília também era assim, podia ter sido aqui) havia uns quarteirões que não tinham sido construídos, nos quais os meninos brincavam de polícia e ladrão, de pique-pega. Eu tinha uns bonequinhos do He-man ( já estava propício, eu já estava inventando histórias com os bonequinhos),e vi a chuva chegar, eu vi essa coisa que não tem fronteira – você na chuva não imagina que ela tenha uma fronteira-, e, de repente, eu vi essa fronteira chegando, se aproximando. Fiquei muito impressionado com isso e associei a esse som.
Muito tempo mais tarde (meses, anos, eu não sei bem...) meu pai me falou aquela história da cigarra que todo mundo conta: que ela canta até estourar, e que é ela que faz esse barulho... – putz, estragou tudo!(risos)- mas não, ficou essa relação da cigarra, da árvore, da chuva. E aí, quando eu vi a chuva chegando aqui (foi na primeira vez que o Marcelo me levou para andar de cadeira de rodas); eu estava lá sentado, vi a chuva chegando, as cigarras cantando, e eu comecei a chorar. Foi um momento catártico, me tocou profundamente mesmo. Eu só fui pensar nessas coisas muito depois. E aí, eu estava no meio da pesquisa da caixinha. Eu já sabia que eu ia colocar lá dentro uma memória afetiva, mas o quê? Eu recolhi as exúviazinhas e junto com elas, uma fava aberta de árvore. Essa é a história de uma imagem silenciosa que me remete a uma sensação sonora. Ela era cheia de ranhuras e reentrâncias, e eu achei aquilo muito musical. Coloquei-a na parte de cima da caixinha e dentro três cigarras. Comecei , então, a pensar nessa possibilidade da cigarra como elemento poético, como ponto de partida. Pode parecer até meio ingrato da minha parte, mas eu acho que resolvi essas questões da cigarra. Sou muito grato a cigarra. Embora eu tenha eventualmente descoberto que ela não era a minha questão, ela me abriu possibilidades de pensar várias outras coisas.

DNB- As imagens esquecem? Podemos aprender a esquecer com elas?
Paulo- Esquecem; devemos aprender com elas... Lembro-me do Funes [personagem do conto Funes, o Memorioso, de Jorge Luís Borges], a história de uma dádiva que se torna uma maldição; Funes consegue falar em seis línguas e lembrar de todas coisas, mas, Borges nos pergunta sutilmente, ele seria capaz de pensar? Acho que o esquecimento é a capacidade da reinvenção... e a imagem tem isso.


diário de chuva - Áereo, 2008







Conferência - 11/05/09 - 20hs


quinta-feira, 7 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Fora do eixo.

porque é bom lembrar

sempre mais do mesmo...





Aos que querem acompanhar a situação do MAB...

Nada foi noticiado na mídia local sobre o MAB desde a saída de Bené Fonteles, que gerou uma matéria bastante extensa no correio braziliense. Pois bem, a matéria dizia que uma comissão havia sido formada para decidir os rumos da instituição. A conclusão da comissão foi pela manutenção do acervo no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República . Também foi sugerida a aquisição de mobiliário adequado a manutenção das obras e futura fusão das duas instituições. A princípio o desejo é de que a nova instituição tenha duas sedes, mantendo-se assim o tradicional prédio do MAB além do monumento da explanada. Como a reforma até agora não tem previsão de início, esse pode ser um sonho longínquo e improvavel. O fato é que a equipe do MAB está atualmente atuando junto ao acervo em pareceria com a equipe do Museu Nacional.
De todo modo, manteremos nossa enquete, dando a todos a possibilidade de se manifestar, muito embora, aparentemente, as decisões já tenham sido tomadas ou estejam se encaminhando para um desfecho previsível.


Nada se sabe sob a gestão da nova instituição, mas é provável que uma política de aquisição de obras siga as diretrizes originais do MAB (seria uma opção coerente ao menos) , ou seja, priorizar a produção atual de artes.

3 exposições



Quem tem medo de olhar para cima?
Sílvio Zamboni
VISITAÇÃO: 06/05 a 07/06/2009
LOCAL: Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal
END:SBS, Qd. 3, Lt. 34 - Asa Sul
Preste atenção: na disposição das fotografias, algo entre um caleidoscópio de céus emoldurados ou uma labirintite artificial.
Vá e ouça: Tartarugas, Camille Saint-Saëns
Lágrimas de São Pedro - Acalento ao Sertão Nordestino
Vinícius S.A.
VISITAÇÃO: 06/05 a 07/06/2009
LOCAL: Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal
END:SBS, Qd. 3, Lt. 34 - Asa Sul
Preste atenção: na precariedade do sistema construído. A estrutura é sustentada por clipes, o que confere a obra uma sensação de instabilidade e singeleza.
Vá e ouça: Nada... fique em silêncio. Vale a pena.
Tripalium
Esculturas e objetos de Miguel Simão.
VISITAÇÃO: 06 a 30/05/2009
LOCAL: Espaço Cultural da 508 Sul, Galeria Parangolé
END.: SCRS 508, w3 Sul
Preste atenção: em como os processos se tornam o próprio mote poético na obra de Miguel Simão. Também perceba como a própria arquitetura do lugar foi tansformada em função da exposição.
Vá e ouça: Toreador, Apocalyptica.


sexta-feira, 1 de maio de 2009

Latitudes: mestres latino-americanos na Coleção FEMSA

Wifredo Lam - Cuando no duermo, yo sueño, 1955.
é uma das obras que integra a imperdível exposição da coleção FEMSA.

De 24 de abril a 14 de junho no Museu Nacional da República. Informações: 3325-6410.

Encontros de artes visuais


II Seminário Nacional de Pesquisa em Cultura Visual FAV-UFG: Últimos dias para a inscrição de artigos.


18º Encontro da ANPAP/2009: prorrogação de prazos para submissão de trabalhos até o dia 15 de maio. http://www.anpap.org.br/
o tema do encontro este ano é Transversalidades nas artes visuais.