Agradecemos sua visita e informamos que estamos inativos por tempo indeterminado.

Acesse nossos arquivos no menu ou nos links laterais.

















quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Relatório sobre a Audiência Pública do MAB

Audiência pública debate revitalização do Museu de Arte de Brasília e descarta fusão com Museu NacionalPróximo de completar 25 anos de existência, o destino do Museu de Arte Moderna de Brasília (MAB) continua incerto. Interditado em 2007 por determinação do Ministério Público, sem recursos para aplicar na reforma física e organização do acervo, tem pela frente uma tábua de salvação que pode não ser a melhor saída: a fusão com o Museu Nacional.Para debater essas e outras questões, foi realizada audiência pública hoje (23) na Câmara, proposta pela deputada Erika Kokay (PT), que apontou a contradição do fechamento de um museu exatamente na cidade conhecida como "a capital da esperança". A deputada questionou ainda a ausência de verbas no orçamento dos 50 anos de Brasília para a revitalização do MAB.Erika lembrou que o acervo do MAB corresponde a algo em torno de oito milhões de dólares, representado por cerca de mil obras que se encontram encaixotadas, correndo riscos de danos e desviados de suas funções originais. A deputada afirmou que a proposta de fusão com o Museu Nacional não seria a melhor solução para resolver os problemas do MAB.A fusão, apontada como uma possível saída para os graves problemas enfrentados pelo MAB, foi praticamente descartada por quase todos os presentes que se manifestaram na audiência, como o pesquisador Cláudio Pereira; a diretora do Espaço Cultural Contemporâneo, Karla Osório; José do Nascimento Júnior, presidente do Instituto Brasileiro de Museus; Jefferson Paz, educador e artista, e, mais veementemente, por Alfredo Gastal, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.Karla Osório disse que a fusão, apontada como salvação do MAB, é injustificável e que o Museu Nacional não tem espaço adequada para receber o acervo. Para Jefferson Paz, a fusão seria "uma pá de cal no MAB". Já Alfredo Gastal disse ser inconcebível que se planeje fechar o primeiro museu da cidade, "uma versalhes do século XX" , e que uma parceria com a iniciativa privada pode ser uma saída para evitar que desapareça um "museusinho singelo", mas símbolo da utopia que cercou a construção da capital.Para o diretor-executivo do Museu de Arte de Brasília, Glênio Lima, o Museu Nacional seria o único espaço da cidade em condições de abrigar o acervo do MAB, e que as obras estariam melhor lá do que num porão, onde hoje se encontram.A subsecretária de Políticas Culturais da Secretaria de Cultura, Ione Carvalho, apontou uma série de dificuldades para resolver não só o problema do MAB, como também de todos os prédios próprios do órgão, que sequer têm "habite-se", pela dificuldade de conciliação entre as exigências dos bombeiros, por exemplo, e a arquitetura de Niemeyer, que privilegia grandes vãos, nem sempre garantindo a segurança dos transeuntes.Ione mencionou ainda a inexistência nos quadros do órgão de museólogos, conservadores e restauradores. Em todo caso, disso, mesmo não havendo recursos, é preciso "trabalhar positivamente".No final da audiência pública, a deputada Erika Kokay solicitou à Secretaria de Cultura o estudo feito pelo órgão que mapeia todos os problemas existentes nos espaços culturais da cidade, sugeriu a recriação da Associação dos Amigos do MAB; também propôs que seja feito um manifesto no MAB pela sua revitalização e a criação de um Projeto de Lei para estabelecer multas para os gestores que descuidem do nosso patrimônio cultural.Com informações da coordenadoria de comunicação social da CLDF
Luciene Velez

Agradecemos Raimundo Kamir por enviar-nos esse relatório.

Também informamos que a manifestação em questão está se articulando como um evento tendo em vista visibilizar o MAB, apoiar sua revitalização e rearticular a associação dos amigos do MAB. Assim que tivermos novos dados sobre o evento postaremos, então fiquem atentos.

Vale lembrar que o IBRAM disponibilizou 300 mil reais em convênio assinado com o GDF (recursos que estão em conta á disposição do GDF) para a revitalização do MAB. Este recurso está um ano e meio a disposição e o governo local e corre o risco de ser devolvido.

Em outubro parte do acervo do MAB estará em exposição no mezanino do Museu do Conj. Cultural da República, com obras de artistas como Palatnik, Amilcar de Castro e Rubem Valentim.

Acompanhe nossa cobertura sobre o incerto destino do MAB.

3 comentários:

luciana paiva disse...

vida longa ao MAB!

até que enfim começam a surgir opções para seu destino. pelo que entendi a fusão não significaria o fechamento do MAB, mas se existe mobilização e possibilidades reais para que ele continue independente e seja bem gerido, não tenho dúvida de que é a melhor opção!

valeu pela contribuição Kamir!

monica tachotte disse...

Tomara que o MAB tenha uma vida longa mesmo!!

Obrigado Kamir!!!!

Blog da Capela - Recanto das Águas disse...

O Museu Nacional da República cuidou muito bem do acervo do MAB. Nosso patrimônio pode ser visitado atualmente na exposição ACERVOS EM MOVIMENTO no Museu da República. Vale lembrar que o projeto da Reforma do MAB está caminhando e em breve espero ver este precioso acervo voltando pra casa.