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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Apoio ao MAB (um desabafo)




“(...) quero fazer uma comissão para ver se é melhor mesmo fazer o MAB ou pegar o acervo e jogar no Museu Nacional”.Silvério Gorgulho, Secretário de Cultura. CB, 10/12/2009


Não posso me furtar de escrever algumas linhas em favor do MAB – Museu de Arte de Brasília - frente a demissão de Bené Fonteles e as colocações de nosso atual Secretário de Cultura. Como Brasiliense, como cidadão, como artista, não gostaria de ver o acervo do MAB “jogado” aonde quer que seja! A já repetitiva solução de doar (ou alojar definitivamente) o acervo do MAB no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em minha opinião, é um retrocesso; não apenas condena o MAB a inexistência, substituindo um espaço pelo outro, como também nos furta do saudável exercício de estabelecer um recorte curatorial adequado as potencialidades do Museu Nacional, e construir uma coerente estratégia de aquisição de um acervo próprio.

Hoje o abandonado, MAB é um marco do descaso do atual Governo (e dos anteriores) para com os museus e instituições culturais da cidade bem como em relação a cultura como um todo. Ás portas dos 50 anos da cidade, ele resiste, só, a uma hedionda expansão comercial e imobiliária, como um entrave a interesses escusos e uma marca nostálgica do que a cultura em Brasília já representou e poderá um dia voltar a representar.

Não me convencem os argumentos de que o prédio é inadequado para abrigar um museu, uma vez que a grande maioria dos espaços de Brasília foram adaptados para tornarem-se museus e não criados com esse intuito (e os que foram, atendem apenas secundariamente a algumas das necessidades primordiais para essa função).

Com isso sou a favor da manutenção do MAB com seu importantíssimo acervo, que constituí parte da história recente da arte no Brasil e em Brasília, bem como da realização das obras e reformulação necessárias para a adequar sua estrutura a criteriosa conservação das obras.

No aniversário de Brasília, no ano internacional da integração entre museu e turismo, que nosso governo reveja suas prioridades e preserve um pedaço desta história que é nossa.

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